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quarta-feira, 7 de setembro de 2011


Saudades!




 Álvarez de AZEVEDO!!!



( Por Márcia Santiago Cerutti, em homenagem ao grande Gênio!!!)





 VOCÊ


E tu, como a águia, sobrevoou todo o meu céu, e eu…! Eis que pairei-me diante a tua ousadia e a tua profunda beleza! Encantei-me e fui arrebatado pelos os teus dons e a tua niquice que permanecerá eternamente no meu olhar, porque… porque eu te vi voar e vi também o teu cântico e que agora faz parte de mim; e os meus ouvidos… sempre ouvirá a tua música ritmada e cheia de sossego! Abristes as tuas asas e rompestes todos os desígnios do meu conhecimento e contigo, perdi o meu medo e voamos juntos de mãos dadas no infinito dos sonhos…! E foi tão bom e diferente porque... hoje eu sinto saudade...!
O livro foi editado e no mexer de cada folha, eu ia descobrindo um novo sabor da tua fantasia nele expressado; rico na sua delícia e delirante no seu odor! Eu toquei cada página e os meus dedos ficaram impregnados pela a vontade que sempre se levantou dentro de mim! E, quando caiu a primeira chuva eu vi ela deslizar na tua pele, ativando em mim, o belo ardor dos meus olhos a saltitarem cheios de amor por ti...!



 A saudade e a poética lírica são águas emanadas de várias fontes subterrâneas, mas só de uma essência e suavidade! Tomá-las –ireis e farei delas agradáveis ao meu paladar, remodelando assim o meu coração e o meu espírito que espera! Eu bebi e pude sentir na minha língua como é profundo o seu sabor, porque até hoje delírio quando em ti penso…!



Como doi a lembrança e fere tanto… Em mim este pensar é constante… Os passeios já não me trás acalanto… Já não mais sou aquele que era antes…Como a tua ausência me seca o pranto… - Peito…! Por que em mim te doi tanto? A perda daquela que foi à minha amante? E este pulsar agora se torna mais delirante?



Inegável e minuciosa e profunda das línguas estranhas é a minha! Já não mais vejo à minha insígnia imperial! Sou um pássaro molhado, com medo da chuva, enternecido, e a minha transição é ineficaz e não há assiduidade e suavidade nos voos, porque às minhas asas já não obedecem aos meus comandos! Que belos pares de olhos viçosos e convidativo me cercam à mente? Parece-me que há neles a exortação aos meus suspiros que emitem ecos angustiantes! Às minhas primeiras saudações vêm quando acordo e emano os primeiros sussurros! É como se um profeta estivesse todas as manhãs ao lado do meu leito, acordando-me e a exortar com as suas deleitosas palavras, dizendo: “- Vinde a mim os que têm sede e cansaço...!”




Descubro os subúrbios de uma saudade, onde caminho agora para o meu choro! Os olhos da minha alma estão úmidos de comoção! Tento frear as rédeas do meus olhos, mas vem a tua presença e aí me frouxa a trava das minhas pálpebras, onde vazam águas salgadas! Ah…! A minha recôndita paixão não se desvia dos meus suspiros frios e indialogável, que se forma no meu ínfimo! Eu paro diante ao teu frescor e vem a memória o teu suave refúgio e com olhos investigativo enveredo pelos os caminhos da minha inglória!



Há um enigma da última flor do Lácio! A saudade é um líquido que me cai à face, mistura-se com à minha saliva e me causa dor! O mar estar agora dentro de mim! Onde estar à alma ávida para que eu possa saborear a sua grandeza? A minha homenagem é quando danço, porque atiro aos meus próprios pés, flores de pétalas perfumosas para aliviar o meu temor! Causa-me danos irreparáveis a tua ausência e o meu canto já não mais tem a expressão máxima do seu alimento, que é o “ AMOR...!”


“ Fui poeta, sonhei e amei na vida…!” ( Álvares de Azevedo )






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